Rainbow Islands

Comprei este fantástico Rainbow Islands no início da década de 90.

Este é daqueles jogos que merecia da minha parte mais dedicação. Sinto que não o joguei o tempo que deveria. Recordo que tinha uma dificuldade respeitável mas o conceito estava engraçado. E era um jogo bastante bom. Na verdade, faz parte de uma trilogia e, na minha opinião, é o melhor desses três jogos (embora sejam todos muito bons).

Tenho andado com este Rainbow Islands dentro da minha cabeça há já algum tempo. Mais cedo ou mais tarde, o meu Commodore Amiga voltará a ter uso para abrir a porta a boas memórias através deste jogo. Uma ótima companhia para mais uma viagem ao passado.

Saudações "retromaníacas"!!!

Double Dragon 3


Entrei no mundo dos videojogos corria o ano de 1988. O meu primeiro contacto foi através do ZX Spectrum que me tinha deixado completamente perplexo com o Target Renegade testemunhado em casa de um bom amigo de infância. Foi nesse mesmo ano que chegou lá a casa um ZX Spectrum +3 onde vivi experiências inigualáveis. Foi ainda enquanto utilizador do ZX Spectrum que descobri (alertado por esse mesmo amigo) que aos domingos um tal de João Cruz dedicava duas páginas a escrever sobre videojogos. A primeira vez que vi essas páginas foi no jornal de 5 de fevereiro de 1989 (sim, ainda tenho essas páginas). Entre outros, falava de um tal de Double Dragon que viria a adquirir para o Spectrum e que acabaria por lhe ver o fim juntamente com o meu primo Nuno.
Quando transitei para o Commodore Amiga em 1991 também experimentei a respetiva versão. Mais tarde o meu grande amigo Pedro haveria de comprar o Double Dragon 3. Lembro-me de ter chegado lá a casa com o jogo numa quinta-feira e no domingo já lhe tínhamos visto o fim. Estava graficamente melhor que os anteriores. Quanto à história, bem... Que importa? Era dar porrada em tudo o que nos aparecesse pela frente enquanto fazíamos a nossa demanda de recuperar umas pedras preciosas algures pelo Egito.
Lembro-me de estar a jogar com o Pedro e, no início, recebíamos algumas indicações de uma velhinha misteriosa. Já numa fase mais avançada do jogo, foi precisamente enquanto ainda líamos as indicações dessa senhora que, quando demos conta, já estávamos a levar porrada da velhota. O que nos rimos...
Gosto muito de jogar Commodore Amiga. Às vezes ainda me perguntam que prazer encontro em gráficos tão datados... Nunca consigo explicar a verdadeira qualidade escondida em imagens que parecem ultrapassadas ao comum dos mortais. E depois, e bem mais importante, jogar Commodore Amiga é o que me consegue colocar mais próximo do meu amigo Pedro. Será precisa outra razão?
Double Dragon 3, um jogo que revisitarei brevemente, assim o Verão me traga algum tempo livre.

RVF Honda

Todos os dias são bons para recordar os saudosos tempos do Commodore Amiga. Mas há aqueles de que eu gosto de uma forma particular: são aqueles em que os dias de inverno se vão aproximando e que nos trazem um sol que ilumina mesmo sem aquecer. Vá-se lá saber porquê, trazem-me de volta os domingos à tarde passados em casa do amigo Pedro em redor de um qualquer jogo do Amiga.
Nos primeiros tempos em que fazia a transição do Spectrum para a máquina da Commodore todos os jogos me pareciam fenomenais. Os sons, as cores, os joysticks, todas as novas possibilidades, tudo servia para me deixar de queixo caído. Este "RVF Honda" surgiu em minha casa estava eu ainda a dar os primeiros passos no Amiga. Não era um puro arcade como o "Super Hang-On", exigia um pouco mais de paciência e persistência. Para um miúdo que estava ainda a começar a ganhar intimidade com o joystick, a tarefa não se adivinhava nada fácil. Um desafio digno de deixar marcas. Das boas.
Um jogo muito bom se tivermos em conta o ano de lançamento, cuja nota sai reforçada se tiver em conta as excelentes memórias de amizade que traz à tona.
Um dia hei-de ter tempo de ligar o meu Amiga o tempo que bem me apetecer e desfrutar de tudo de bom que a vida ainda terá para me dar. Hoje, se fosse dono do meu tempo, iria acelerar por essas estradas e voltar a cair dezenas de vezes.
Fica este registo. Porque me faz bem à alma. Voltarei em breve com outras boas memórias de jogos que ganharam o seu lugar no coração do tempo.

Pipemania

A verdade é simples e cristalina. Gosto de jogar Commodore Amiga. Uma frase que era tão verdade em 1990 como continua a ser nos dias de hoje.
Primeiro veio a análise ao jogo na extinta "Micromania" da JND de domingo. Depois, consegui colocar-lhe as mãos com alguma felicidade.
Era um jogo bastante original se considerarmos a altura em que foi lançado. E a premissa até parece bastante simples: temos de ir colocando alguns pedaços de canos que aparecem aleatoriamente, com o objetivo de fazermos um percurso para que a água possa correr livremente e sem sobressaltos. O grande problema é que à medida que os níveis avançam, o tempo vai ficando cada vez mais escasso e as dificuldades aparecem escondidas em cada esquina. Há níveis cuja dificuldade apela um pouco à nossa paciência mas, se analisarmos com algum cuidado, qual o jogo dos anos 80 e 90 que não fazia isso?
Um jogo muito bom e que ainda hoje é uma boa sugestão para quem ainda mantém o hábito de jogar de forma solitária. Continua a ser um dos jogos que mais entranha em mim a magia do Commodore Amiga.
Um jogo brilhante que se traduz em ótimas memórias.

P-47 Thunderbolt

Hoje é dia de recordar P-47 Thunderbolt.
Quando volto atrás no tempo, em particular a este jogo, a primeira coisa que me vem à memória é a música "irritante" do início do jogo. Mas "irritante" no bom sentido. No fundo é uma imagem de marca daqueles anos de ouro.
Tive este jogo nos meus primeiros tempos de Amiga pelo que sempre ficou no meu lado bom da memória. Ainda que não tenha "envelhecido" muito bem. Na verdade, há jogos que mesmo passados tantos anos ainda se mantêm muito bons. Este não é bem o caso. De qualquer forma ainda o visito bastantes vezes. Um dia vou conseguir terminá-lo sem precisar das famigeradas "vidas infinitas". Quem sabe?!
Lembro-me do meu pai ter comprado um carro novo em 1991. Era um Fiat Tempra cinzento. Levou-nos a dar uma primeira volta num domingo ao início da tarde. Estava eu precisamente a jogar este P-47 na altura. São memórias que ficam e que não interessam a mais ninguém.
Tenho muitas saudades desses dias. Voltar a jogar P-47 é voltar a estar junto de bons amigos.
Saudações "retromaníacas".

Defender of the Crown

Quando os meus pais me compraram o Commodore Amiga, corria o ano de 1990, eu estava já rendido ao mundo dos videojogos depois de dezenas de jogos e aventuras na companhia do meu ZX Spectrum. Nessa primeira máquina joguei autênticos clássicos. De resto, ia-me mantendo informado sobre todas as novidades através da secção Micromania da JND do Jornal de Notícias que em algumas semanas falava um pouco dos computadores de 16 bits. Por mais que dissessem que a diferença era abismal, como as imagens no jornal não eram muito nítidas, nunca se aproximavam da realidade.
Até que naquele dia em que os meus pais me levaram com eles para comprarem o Amiga tudo mudou. O senhor da loja, para demonstrar do que a máquina seria capaz, colocou o “Defender of the Crown” a rolar. Confesso, não sou um amante de jogos de estratégia. Nunca o fui e creio que nunca serei. Mas ao ver aquelas imagens naquele dia, tão diferentes do que estava acostumado no Spectrum, fiquei completamente rendido. De tal forma que quis trazer também esse jogo. Mesmo não gostando de jogos de estratégia. É certo que o amigo Pedro me tinha já mostrado um pouco do que o Amiga era capaz de fazer, numa tarde passada em sua casa tendo Battle Squadron e Dragon Ninja por companhia. Mas isto era o completo tirar de dúvidas.
Quanto ao jogo em si, não o joguei por muito tempo. Lá está, não gosto de estratégia. Mas reconheço a imensa qualidade. De tal forma que creio que irei voltar lá um destes dias agora que tenho uma MIST com todo o catálogo whdload instalado num cartão. Sou um sortudo, não sou?
Fica apenas a mágoa destes “regressos”, destas incursões modernas, serem solitárias. Um caminho que antes era sempre feito pelo menos a dois, agora, à semelhança do que a vida me foi reservando, é feito de forma solitária. Restam as boas memórias que, em boa verdade, este blogue ajuda a reavivar e a manter.

Pang

O meu primeiro contacto com o Pang foi através da extinta secção "Micromania" da JND de domingo do Jornal de Notícias. Fiquei de água na boca com a análise lá feita, nesse caso, para o ZX Spectrum. Não havia internet pelo que eram essas pequenas coisas que iam alimentando os nossos sonhos.
Felizmente, haveria de ter em casa uma versão para o Commodore Amiga.
Um jogo original mas de conceito mais ou menos simples. No fundo, tínhamos de disparar sobre algumas bolas que nos iam aparecendo no ecrã até que elas desaparecessem por completo. Dito assim até parece realmente bastante simples. O que é certo é que rapidamente tudo começava a ficar caótico numa viagem pelo mundo ao longo de 50 níveis diferentes.
Lembro-me que a partir dos níveis da Rússia eu começava a baquear. Aquela neve fazia-nos deslizar de tal forma que era quase impossível não perder algumas das preciosas vidas. No entanto, o botão direito do rato, enquanto o jogo carregava, permitia-nos desbloquear as vidas infinitas e foi assim, creio eu, que consegui chegar ao fim do jogo.
Sem dúvida um dos jogos mais brilhantes do Commodore Amiga.
Comprei há já algum tempo, em formato digital, um PANG moderno para a PS4. Também é bom, é verdade, mas não é a mesma coisa. O Commodore Amiga tem aquele não sei bem o quê que tudo o resto não tem. Falta-lhe apenas trazer a eternidade a esses momentos passados em ótima companhia. Talvez por isso, ainda que de forma ingénua, faça a minha vida muito mais voltado para trás do que para a frente. Um dia, acredito, há-de chegar a recompensa.
Resumindo: grande jogo, muitas saudades.

Indiana Jones and the Last Crusade

De todos os jogos para Commodore Amiga 500 trazidos pela US Gold e pela Tiertex este será, muito possivelmente, o menos mau.
Apesar de não ser nenhuma pérola, tenho um enorme carinho por este jogo. Em primeiro lugar por ser baseado num dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Depois por me lembrar o amigo Pedro. E, por último, por ser daqueles que joguei ainda numa fase inicial de Commodore Amiga. Talvez por isso não lhe tenha tomado bem o jeito e nunca o tenha terminado. Longe disso. Bastante longe. Lembro-me que não passava do primeiro nível.
Quando o experimentei pela primeira vez estava no sótão de minha casa com o Pedro. Lembro-me de ficarmos entusiasmados com a imagem de apresentação do primeiro nível em que aparecia uma “foto” da cena do filme em que o jovem Indiana Jones era perseguido num comboio.
Resta dizer que o jogo, apesar de não ser grande coisa, entretém bastante bem e merece, sem dúvida, que lhe seja dispensado algum tempo de dedicação e carinho.
Numa altura em que não havia internet lembro-me de jogar o primeiro nível seguindo as indicações de um mapa publicado na antiga JND e que ainda tenho guardado cá em casa.
No fundo, é um jogo que me é muito querido e que vale mesmo a pena ser jogado ainda nos dias de hoje. Também pelas boas memórias que transporta mas, sobretudo, porque é um jogo que ainda vale a pena.
Um abraço “retromaníaco” e até já.

Mercs

Há memórias que são muito boas. Mesmo com jogos muito maus. Este é um desses casos.
Para que eu não seja mal entendido deixo aqui bem claro: Mercs é um excelente jogo. Só não o consegue ser no Commodore Amiga porque a conversão do original das máquinas arcade está péssima como, aliás, não seria de esperar outra coisa da US Gold e da Tiertex. Os maus exemplos são tantos que até chateiam... Mas isso é outra história.
Naquela altura, depois de ler a análise feita pelo João Cruz na saudosa JND de domingo, fiquei com água na boca. Não descansei enquanto não consegui comprar o jogo. Mas a desilusão foi tomando conta de mim.
A verdade seja dita: naquele tempo, mesmo os jogos fracos mereciam muito do nosso tempo e atenção. Este não fugiu à regra. Foram muitas as horas a jogar Mercs, até para lhe tentar encontrar o encanto que o João Cruz falava na sua análise ao ponto de lhe chamar “a conversão do ano”. Diverti-me muito, é certo, mas o jogo ficou muito aquém. Ainda hoje não percebo como teve uma nota 20 quando o War Zone da Core Design, muito melhor que este, apenas teve um 18. É que os dois jogos nem têm comparação. Enfim...
Mesmo assim gosto de o revisitar. Confesso que já o fiz por muitas vezes. Mas ainda não consegui afastar a frustração que me acompanhava na altura. Deve ser por o jogo continuar a ser fraco. E, claro, por nunca o ter terminado. Isso dá cabo de mim. Mas acaba por ser um convite a continuar a tentar. E essa é a beleza deste mundo do Commodore Amiga. Há sempre algo que queremos jogar e nos dá prazer...
Abraço retromaníaco e até breve.

Magic Pockets

Hoje é dia de Magic Pockets. 
Confesso que a história do jogo já não está bem presente na minha memória.
Lembro apenas um rapazinho de boné na cabeça e óculos escuros que para derrotar os simpáticos inimigos que iam aparecendo pela frente recorria a algo que trazia dentro dos bolsos. Um jogo que foi trazido pelos fantásticos Bitmap Brothers e que está muito bem conseguido.
Na altura devida não o joguei da forma aprofundada que devia ter feito pelo que está neste momento em lista de espera para tomar o lugar que realmente merece, por direito. Pode ser que seja agora que lhe consiga ver o fim. É essa a minha esperança.
É certo que o sabor nunca será o mesmo mas isso faz parte da vida de um gamer virado para o passado como eu. Há prazeres inexplicáveis. Jogar Commodore Amiga é um deles.
Ainda há tanto a descobrir. A vida é bela =)

The Newzealand Story

No final dos anos 80 instalava-se a febre dos "pintainhos", ou melhor, dos kiwis. Essa febre foi trazida por mais um êxito das arcades trazido pela Taito e que tinha por título The Newzealand Story. Já não me recordo bem da história do jogo mas, à semelhança de muitos outros títulos da altura, era simples e "déjà vu".
Controlávamos um pequeno kiwi de nome Tiki e tínhamos de salvar muitos outros kiwis, entretanto raptados pelo malvado Walrus e que era, bem... não sei bem o que era... parecia uma espécie de baleia ou foca gigante. Sei que o jogo era brilhante e que nunca o consegui terminar. Ficava na altura encalhado algures numa das fases do 4.º nível e creio que o jogo tinha 5 níveis, cada um com quatro fases. Mas adiante...
Este é um dos jogos que me traz melhores recordações e dos que desperta em mim uma maior nostalgia. E uma das coisas mais fantásticas que este jogo tem é que recomecei recentemente a jogá-lo e ele consegue manter quase tudo de bom que tinha no final da década de 80.
Para a eternidade ficaram no meu cérebro duas memórias com imagens gravadas desses tempos. A primeira foi de chegarmos um domingo de manhã a tua casa Pedro, no fim de mais um ensaio do grupo coral, e de me mostrares como eram as fases do 4.º nível pois eu ainda não tinha conseguido passar do terceiro. E para me mostrares a novidade tinhas deixado o computador ligado a noite inteira para que ao recomeçar a jogar pudéssemos fazê-lo logo a partir da primeira fase do quarto nível (não havia cartões de memória ou algo do género para ir gravando o progresso no jogo. Desligar o computador significava, em quase todos os jogos, voltar a jogá-lo do início).
A outra boa memória, foi o dia em que chegaste ao liceu e a primeira coisa que fizeste foi vir ter comigo com um sorriso na cara enquanto dizias: "acabei o Newzealand Story". Só quem anda nisto do mundo dos videojogos há muito tempo é capaz de perceber a beleza desta recordação. E eu, felizmente, consegui trazê-la comigo até aos dias de hoje.
Resta dizer que ultimamente os meus dias têm-se tornado um bocadinho melhores e a principal razão para isso acontecer tem um único nome: The Newzealand Story.
Um abraço "retromaníaco" e até breve.

The Chaos Engine

Hoje passei boa parte do dia atrás de boas recordações. Muitas. Óptimas. Únicas.
Depois de reler todos os posts antigos deste meu blogue ressurgiu uma vontade enorme de passar por cá mais vezes e durante muito mais tempo. Antes que algo me impedisse, comecei por criar uma página sobre este meu blogue no facebook (https://www.facebook.com/cebolinhamiga500?ref=bookmarks) e passei uma enorme quantidade de tempo a substituir todas as fotos atrasadas por outras com maior qualidade. No final de tudo apenas precisei de escolher mais um jogo que ainda não tivesse sido publicado para conseguir acrescentar algo de realmente novo nesta minha página.
E a escolha caiu no clássico The Chaos Engine. Um título que dispensa apresentações e que teve um remake para pc o ano passado com uns gráficos melhorados.
No jogo encarnamos a pele de um entre seis mercenários à escolha e a nossa missão, bem difícil, passa por destruir a "The Chaos Engine" e o seu criador. Bem ao estilo de clássicos como War Zone ou Dogs of War, este The Chaos Engine está soberbo. E outra coisa não seria de esperar dos Bitmap Brothers, criadores de outros grandes êxitos como Speedball 2, Xenon 2 ou Gods, por exemplo.
É um dos melhores jogos existentes para o Commodore Amiga mas, vá-se lá saber porquê, ao contrário do War Zone, nunca lhe vi o final. Uma falha muito grave que vou ter de reparar um dia destes. Talvez com a ajuda do Pepé. Quem sabe...
Passei bons momentos da minha adolescência na companhia destes mercenários. Tempos que me deixam muitas saudades.
Um jogo obrigatório para todos os amantes dos videojogos.
Um abraço "retromaníaco".

Miguel

Kick Off 2

Primeiro haveria de chegar o Kick Off 1. Foi um dos jogos que chegou juntamente com o meu Commodore Amiga em 1990.
Depois foi o vício completo quando pus as mãos neste Kick Off 2 que ainda nos dias de hoje é o jogo de futebol que mais prazer me dá a jogar.
O primeiro jogo já estava soberbo mas, por incrível que pareça, ainda era possível melhorar. A perfeição ficava agora ainda mais perto. Dino Dini e a Anco voltavam a surpreender criando um jogo de futebol imperdível e viciante.
Neste Kick Off 2 já era possível trocar a cor dos equipamentos, alterar as tácticas, participar 4 jogadores ao mesmo tempo e até ver a repetição das melhores jogadas e, se as achássemos merecedoras disso, tínhamos até a possibilidade de as gravar. Na minha disquete da altura ainda lá tenho gravados meia dúzia de grandes golos que são para mim como uma máquina do tempo à qual recorro frequentemente.
Há ainda a velocidade do vento e a introdução do tempo suplementar entre outras inovações imperdíveis.
É impossível descrever o quanto este jogo me acompanhou em tantos anos da minha vida.
Há coisas que são mesmo muito difíceis de explicar.
Há uns tempos, para reviver todas essas boas memórias da forma mais perfeita possível, cheguei a levar o mesmo Commodore Amiga para casa dos meus pais, para o mesmo sótão da altura e este Kick Off 2 foi dos primeiros jogos a ser revisitado. Porque há cheiros, sítios, perspectivas, lugares e montes de outras pequenas coisinhas que preenchem o coração de uma forma mais plena.
E garanto-vos que não consegui encontrar até aos dias de hoje uma forma melhor de festejar um golo.
Um abraço retromaníaco e até breve. Prometo.

War Zone

Hoje é dia de voltar ao passado para falar de um dos meus jogos preferidos de sempre. Felizmente, por estes dias, estou a conseguir reunir forças para jogar Commodore Amiga diariamente. Um sonho antigo que ganha forma a pouco e pouco. Ao que tudo indica brevemente chegará cá a casa um Amiga 1200 com muitos dos jogos do catálogo whdload instalados pelo que resta ir contando os dias até que essa benção seja uma realidade! Um dos primeiros jogos a revisitar será este War Zone da Core Design. Na primeira metade dos anos 90 era um vício tremendo tendo completado todos os seus 8 níveis por várias vezes, quer a solo quer com o amigo Pedro que foi o meu melhor amigo desses tempos.
O jogo segue a linha de clássicos como Ikari Warriors, Dogs of War ou Mercs mas com mais qualidade. É uma espécie de Frenetic "por terra".
Felizmente esta minha relação com o Commodore Amiga não é completamente solitária. O meu primo Simão Pedro sofre da mesma "doença" (ZX Spectrum incluído) e comprou também ele um Amiga 1200 para jogar muitas das grandes pérolas do passado. Para além disso, a "doença" alastrou-se ao meu sobrinho Zé Paulo que tem por este War Zone uma predilecção especial. Andamos agora apenas à procura de um dia livre para podermos jogar "a dois" e voltar a acabar esta obra prima da Core Design. Já não deve faltar muito. Há coisas que não se explicam e que sabem mesmo bem. Muito bem.
Abraço "retromaníaco".

Freddy Hardest in South Manhattan

Depois de cerca de ano e meio sem qualquer actualização eis que vou organizando a minha vida, aos poucos, e assim vou conseguindo retomar progressivamente alguns dos meus hobbies preferidos. Hoje chegou a vez de actualizar este meu querido blogue onde espero regressar de uma forma mais frequente e regular. porque me faz bem. Muito bem.
Hoje deixo-vos este Freddy Hardest in South Manhattan que, apesar de ser um jogo medíocre, acabou por me marcar na sua altura.
O jogo é uma espécie de Arcade-Beat'n'up muito semelhante ao conhecido "Vigilante" dos salões de Arcade e que teve muito sucesso no famoso ZX Spectrum. No entanto este, apesar das diferenças gráficas óbvias, mais não tem para oferecer do que exactamente isso mesmo. Com uma jogabilidade muito pobre e monótona cedo entrou na minha lista de "disquetes a desgravar". Felizmente, passados alguns anos consegui recuperá-lo e ainda o guardo pelo que representa para mim. Foi dos meus primeiros jogos no Commodore Amiga e isso, só por si, é razão mais do que suficiente para ser um objecto de culto... Eheh!
Lembro-me perfeitamente de o ter visto em casa do Pedro no mesmo dia em que me mostrou o grande "Battle Squadron" e me convenceu que tinha realmente de conseguir comprar um Amiga. E felizmente isso foi uma realidade. Uma das decisões que mais influenciou a decurso da minha vida.
Hoje à noite, se os catraios adormecerem cedo e o cansaço não for demasiado, estou tentado a voltar a experimentá-lo. Quanto mais não seja, pelas enormes recordações que me traz.
Um abraço retromaníaco e continuação de bons jogos.

Golden Axe

Hoje trago-vos um dos meus primeiros jogos no Commodore Amiga: Golden Axe. Na verdade trata-se de uma conversão do original para os salões arcade e que está muito bem conseguida quase não se notando as diferenças em relação ao original.
O jogo segue a linha de outros clássicos como Double Dragon ou Target Renegade mas inserido num ambiente bárbaro bem ao estilo do universo "Conan". A nossa missão passa por escolher um dos três guerreiros que temos disponíveis e ir eliminando todos os inimigos que nos aparecem pela frente até chegarmos ao execrável Death Vadder. Uma missão que não se revela nada fácil mas que depois de concluída nos dá um enorme gozo.
A versão que tinha na altura (e que ainda possuo) trazia a opção de jogarmos com vidas infinitas desde o início o que "mata" qualquer jogo pela raiz. Acho que foi essa a razão para nunca o ter concluído sem usar essa espécie de aldrabice. Reconheço que é uma vergonha.
Talvez hoje, passados 20 anos, ainda vá a tempo de me redimir. É que vou dedicar a minha tarde a uma sessão de retrogaming com os meus sobrinhos e este Golden Axe será certamente um título a revisitar. Logo veremos se será com sucesso ou não...
Um abraço "retromaníaco" e continuação de bons jogos.

Speedball 2 - Brutal Deluxe

Enquanto o meu sonho de criar um site completamente dedicado aos jogos do Commodore Amiga vai esperando pacientemente pela sua concretização, resta-me aparecer por aqui, de quando em vez, para trazer à memória óptimos momentos da adolescência que esses mesmos jogos ajudaram a criar. Hoje falo-vos de uma das obras-primas dos Bitmap Brothers: Speedball 2 - Brutal Deluxe.
E resolvi trazer-vos hoje este jogo pois foi precisamente no início de mais umas férias de Natal que o haveria de comprar, há cerca de vinte anos atrás. Nessa manhã, como já disse num outro post anterior, comprei 9 jogos onde apenas 1 deles ocupava 2 disquetes. De todas as vezes que fui às compras (e foram mesmo muitas) esta é a que recordo com mais saudade pois terá sido aquela onde consegui conciliar qualidade e quantidade da melhor forma. Senão reparem bem nos nomes envolvidos: Speedball 2, Gods, Magic Pockets, Prince of Persia, Rainbow Islands, Parasol Stars, Mercs, Prehistorik e Rodland. Ora digam lá se não é um conjunto de jogos de luxo? Qual deles o melhor?!! Já falei de alguns deles anteriormente e os outros terão aqui também direito a um post personalizado futuramente, isso é certo. Mas hoje é o Speebdall 2 que merece toda a minha atenção.
Comprámos essa carrada de jogos num sábado de manhã e na tarde do dia seguinte juntámo-nos em tua casa com o Tono e o Sérgio a jogar todas as novidades. Claro que o jogo que mais rolou foi este Speedball 2 pois é claramente o mais poderoso na vertente multi-jogador.
O jogo consiste numa espécie de futebol futurista onde os jogadores estão equipados com armaduras e lutam numa arena pela posse de uma bola de aço que têm de introduzir na baliza da equipa adversária. Além disso há outras tarefas secundárias que trazem também pontos à respectiva equipa e que pode fazer a diferença no resultado final. Para fechar em beleza resta informar que nestas partidas o que não existe são árbitros e faltas pelo que podemos perfeitamente encher os nossos adversários de porrada para conseguirmos desesperadamente a posse da bola. Ora digam lá se não é brilhante?
Lembro-me de fazermos autênticos torneios nessa mesma tarde enquanto ouvíamos "How do you do" dos Roxette, "Feels like forever" do Joe Cocker ou "Too much love will kill you" ainda cantado pelo Brian May. Uma tarde de sonho.
Fecho os olhos e ainda consigo ouvir o Amiga a dizer: "Brutal Deluxe vs Revolver" ou o vendedor a gritar "Ice Cream! Ice Cream!" enquanto estávamos a esmigalhar mais uma perna ao adversário em pleno jogo. Demais.
Não é por acaso que este é ainda um dos jogos mais populares entre os muitos elementos de toda a comunidade Amiga espalhada pelo mundo inteiro. Porque passados todos estes anos ainda não perdeu nenhum do seu brilho. Longe disso.
Hoje não tenho andado a jogar outra coisa. Até porque amanhã vou fazer uma tarde inteira de retrogaming com os meus sobrinhos e não posso passar pela humilhação de perder com o Pepé. Veremos quem vai levar a melhor.
Um abraço "retromaníaco" e continuação de bons jogos.

Car-Vup

Hoje trago-vos mais um jogo da minha "Software House" favorita: Core Design Limited. Depois de já vos ter falado de Rick Dangerous 1 & 2 e Frenetic é chegada a vez deste Car-Vup. Lembro-me de ser noite. Era um dia da semana mas não consigo precisar qual. Vieste com a tua mãe a minha casa para tratar de alguns assuntos relacionados com o Teatro e trouxeste este "Car-Vup" que tinhas comprado em S. J. da Madeira. Lá experimentámos uma vez de forma muito rápida para eu me familiarizar com o jogo e lá o gravei para acrescentar à minha colecção. Deste jogo, é esta a memória mais nítida que trago comigo. Esta e aquele diabinho que aparecia a dizer "TURBO" quando demorávamos algum tempo a concluir alguma fase de cada nível. Ainda hoje me apetece enche-lo de porrada.
Para quem nunca se cruzou com este Car-Vup basta dizer que o objectivo principal do jogo se assemelha bastante ao clássico City Connection das máquinas de salões arcade. No entanto, e na minha modesta opinião, este é bastante superior em todos os aspectos (excepto na aparição do tal diabinho, raios&%$#$$). Inserido num universo um pouco "cartoon" controlamos um carro muito peculiar cujo objectivo é percorrer todas as plataformas do jogo. Acreditem que se trata de uma tarefa que, à medida que vamos progredindo, se torna bastante caótica.
A jogabilidade, como a Core já nos habituou, está soberba e os gráficos têm aquele "não sei quê" típico da Core e que acaba sempre por me cativar de uma forma especial. E isto anos-luz antes de criarem uma tal de Lara Croft, não sei se já ouviram falar...
Fico por aqui pois estou a meio de uma jogatana de "Warzone" (outro grande título da Core) com o meu sobrinho Pepé.
Um grande abraço "retromaníaco" e continuação de bons jogos.

Miguel

P.S. Quanto ao João Azevedo, queria agradecer as palavras simpáticas que deixou por aqui. Já passei pelo seu blogue e prometo ir continuando a passar por lá.
Quanto à rom do "Car-Vup" é só deixar aqui um contacto e eu enviarei com todo o prazer pois tenho aqui uma que funciona na perfeição =D
Já agora, se não for pedir muito, gostaria de saber se era leitor assíduo da rubrica "Micromania" na JND do Jornal de Notícias de Domingo. É que tenho aqui inúmeros recortes dessa secção mas queria ampliar a colecção pois acabei por perder alguns números. E, para mim, essas páginas hoje digitalizadinhas num pc valem ouro...
Ah, já me esquecia. Disquetes de Amiga terei mais de 2000, certamente! Se conhecer alguém que queira vender um Amiga 1200 com Disco Rígido de 4 Gb, memória ram de 64 MB, não hesite em me avisar. Obrigado.

Chase HQ II - Special Criminal Investigation

No mundo dos videojogos, à semelhança do que acontece na vida real, não raras vezes, fazemos o caminho "ao contrário". Foi o que aconteceu comigo e com este Chase HQ II.
Tinha ficado impressionado com a excelente crítica ao seu antecessor na secção "Micromania" que saía todos os domingos na JND. Quando a minha mãe me deu a oportunidade de comprar os meus primeiros 2 jogos, Chase HQ foi dos primeiros que procurei para ver se constavam na lista. Acabei por me decidir pelo "Toki" e, como não encontrei o primeiro capítulo acabei por trazer este Chase HQ 2. E foi assim que acabei por fazer o caminho do fim para o início pois só mais tarde haveria de conseguir o Chase HQ original que, vá-se lá saber porquê, acabou por me cativar bem mais do que esta sequela. Mesmo assim o jogo cumpre a sua função e fez-me companhia em bastantes tardes de sol. Fica a mágoa de nunca o ter terminado. Ainda conseguia chegar à última missão mas nunca a consegui concluir. Era mesmo muito difícil...
Recordo que se trata de um jogo de perseguição policial onde, nesta sequela, temos também a possibilidade de ir tirando energia ao criminoso perseguido através de tiros certeiros disparados pelos agentes no interior do nosso veículo.
Enfim, mais uma das inúmeras conversões dos salões arcade feitas pela extinta Ocean e que me deixam com água na boca. Espero voltar a estas ruas em breve para concluir finalmente essa última missão iniciada há cerca de 20 anos atrás. Será que ainda vou a tempo?
Saudações "retromaníacas".

Superfrog

Hoje traga-vos um dos jogos mais completos para o Commodore Amiga 500. É por muitos considerado, ainda hoje, o melhor jogo de plataformas. De facto, tendo em conta as capacidades da máquina, este Superfrog impressiona em todos os sentidos. Graficamente é muito difícil encontrar melhor no Amiga e em termos de jogabilidade é mesmo do melhor que há. E a acrescentar a isto tudo tem 5 níveis, cada um deles divididos em várias fases e todos eles enormes e com muito para explorar. Ainda me recordo de o jogar vezes sem conta e de quando acabei a última fase do quinto nível. Estava convencidíssimo que tinha acabado o jogo e, de repente, surge um nível "surpresa" com dificuldades acrescidas e com mais umas quantas fases para jogar. O que é que eu poderia querer mais de um jogo que eu já achava fora-de-série? É claro que me lembro muito bem de o ter acabado. Parece que foi agora mesmo que dei cabo daquela bruxa toda catita que era o "boss final". Bons tempos. Mesmo muito bons.
E o curioso de tudo isto é que, ao contrário da maior parte dos jogos de que dispunha que eram adquiridos depois de consultar a secção da JND de domingo ou através de gravações feitas de jogos de amigos, este Superfrog tem uma história completamente diferente. Estávamos já numa fase "final" do reinado do Amiga 500 e estava eu na EPC informática onde costumava comprar sempre vários jogos de uma assentada. Naquele dia, já tinha passado os olhos pela lista várias vezes mas não encontrava nada que me agradasse para gastar o dinheiro que ainda me sobrava. Foi então que a simpática funcionária me perguntou o tipo de jogos preferido. Resposta pronta: "Plataformas". Então ela sugeriu este Superfrog e eu respondi: "4 Disquetes? Nem pensar". É que eu detestava andar sempre a trocar disquetes pois esses jogos normalmente demoram mais tempo nos loadings do que no "prazer" propriamente dito. Ela insistiu: "Pelo que a malta diz é dos melhores que anda aí. E ninguém ainda se queixou do número de disquetes". Resolvi aceitar o conselho. Ainda bem. Dos melhores jogos que joguei até hoje e, apesar das 4 disquetes, estas apenas têm de ser trocadas por uma vez reduzindo ao mínimo os tempos de loading. Até nisso o jogo é brilhante. Até apetece deixar um abraço aos tipos da Team 17.
Infelizmente já me dei conta que as férias não me estão a proporcionar o tempo que eu julgava para poder reviver estas grandes pérolas. Mas sinto que este Superfrog é uma casa à qual hei-de regressar um dia destes. Espero não estar enganado.
Saudações "retromaníacas".

Miguel

Cabal

Hoje trago à memória mais uma excelente conversão de um êxito dos salões arcade e que nos foi trazida pela saudosa Ocean. O primeiro contacto que tive com este jogo foi no Verão de 1989 quando estava na Costa da Caparica num curso para jovens músicos promovido pelo Inatel. Numa das poucas noites que tivemos livre entrámos num salão arcade e lembro-me de ter ficado bastante impressionado com este Cabal que até me conseguiu arrancar algumas gargalhadas na altura.
Um pouco mais tarde no tempo, já não me lembro bem como, lá consegui a respectiva versão para o Commodore Amiga. Embora os controlos não fossem os melhores pois acabávamos por disparar granadas mesmo "sem querer", o jogo estava muito bem conseguido e foi uma óptima companhia durante muitas tardes a fio. Infelizmente nunca o terminei. Já não me recordo se devido à sua dificuldade ou se era mesmo eu que ainda era um novato na altura e, por isso mesmo, não conseguia progredir. Talvez essa dúvida seja um bom pretexto para poder jogá-lo um dia destes. O que eu me recordo e muito bem é que adorava o clássico Operation Wolf pelo que este Cabal, na altura, fez as minhas delícias.
Um jogo a reviver sem hesitações. Uma verdadeira pérola.
Grande abraço "retromaníaco" e continuação de bons jogos.

Prehistorik

Os jogos da Titus nunca foram dos meus preferidos. Há que reconhecer que a qualidade não era propriamente a melhor. No entanto, há pelo menos dois deles que, para mim, são uma excepção: Crazy Cars 3 e, claro, Prehistorik.
Este último faz-me lembrar algumas das tardes solarengas de domingo que passávamos em frente ao Amiga. Ainda me recordo de quando descobrimos alguns cenários secretos de bónus completamente por acaso. O que já não me consigo recordar é do número de níveis que o jogo possui. Sei que o acabámos várias vezes até porque o mais difícil era mesmo acaba-lo a primeira vez. Depois, sei muito bem que o acabávamos todas as vezes que jogávamos. É, certamente, um dos jogos aos quais vou voltar já na semana que vem. Pode levar algum tempo, mas acredito que vou voltar a ver como acaba. Nem imaginam o prazer que isso me dá.
Como o nome indica, o jogo transporta-nos até aos tempos da Pré-História. Controlamos um autêntico Homem das Cavernas que, com a ajuda de um bastão, vai dando cabo dos mais variados animais. Ficam na retina aquelas passagens originais em que andamos de balão ou até mesmo de Asa Delta. Genial.
Pode não ter a profundidade e humor de Chuck Rock mas que tem uns gráficos catitas, isso tem. E a jogabilidade, apesar de não ser perfeita, faz bem o seu papel. Até apetece perguntar: "porque é que os jogos não são todos assim"?
Um grande abraço "retromaníaco" e continuação de bons jogos.

Rodland

Este é daqueles jogos em que só pelo facto de olhar para o screenshot quase desato a chorar. É daqueles jogos em que as minhas memórias se apresentam mais nítidas e isso traz ainda mais saudade de um tempo que eu espero, um dia, volte a ser Tempo.
Fecho os olhos e volto a ver-nos na EPC Informática. Nesse dia compraste o Robocop 3 e mais 1 ou 2 jogos que agora não recordo o nome. Eu lembro-me de ter trazido 10 jogos, todos ocupando apenas 1 disquete. Alguns deles, como Speedball 2, Prince of Persia ou Magic Pockets, falarei em outros posts. Hoje vou falar apenas de um deles: Rodland.
Trata-se de uma das mais fantásticas e bem conseguidas conversões de um jogo arcade. É de tal forma perfeito que, por vezes, até nos esquecemos que não estamos a jogar na máquina original. Simplesmente genial.
No jogo controlamos uma menina com uma "varinha mágica" muito eficaz e temos de tentar salvar a nossa mãe que foi raptada e está algures feita prisioneira numa torre. São 40 níveis que se jogam com um prazer de tal ordem que nem damos conta dos minutos passarem. O nível gráfico é extraordinário e os "Bosses" que aparecem de 10 em 10 níveis estão muito bem conseguidos. Na altura acabei-o por várias vezes. Ultimamente tenho voltado a jogá-lo mas estou "encalhado" no Boss final. Mas hei-de conseguir ultrapassar isso. Espero. Já com uma TV Led de 42''. Oram digam lá se não ajuda...
Abraço "retromaníaco".

Escape from the Planet of the Robot Monters

Como muitos dos jogos para o Amiga este Escape from the Planet of the Robot Monsters era mais uma conversão de um clássico dos salões arcade. Apesar de ser um jogo mediano, na altura fiquei encantado com os gráficos. Foi um dos meus primeiros jogos e, talvez por isso, consegui inúmeras vezes contornar a fraca jogabilidade que ele oferecia e acabei por lhe dispensar muitas horas de vício. Mas reconheço que podia e devia estar bem melhor. Principalmente na campanha a solo. Já quando jogado com um amigo a nota final dispara para o dobro embora a dificuldade, infelizmente, não caia para metade. Tenho alguma curiosidade para o experimentar com a Odete na nova casa para onde me vou mudar no final do mês. Acho que vai ser uma boa companhia, pelo menos por um serão.
Resumindo: não foi daqueles jogos que ficou gravado de forma indelével na memória mas, que ainda hoje me deixa muitas saudades, disso não tenham a menor dúvida.
Um grande abraço "retromaníaco" e continuação de bons jogos.
Até breve. Prometo.

Frenetic

Hoje vou falar-vos do meu shooter favorito: Frenetic.
São tantas e tão boas as recordações que me chegam à memória quando volto a colocar esta disquete no meu Amiga 500. É um daqueles jogos que ajuda a resumir o quão espectacular foi a minha adolescência e o quanto me deixa saudades...
Recordo-me nitidamente da primeira vez que tive contacto com este jogo. Tínhamos ido a Sub-Rego, a casa do Pedro, para gravarmos uns jogos e foi quando já estávamos para vir embora que chegou o Zezito das Senras e, assim que acabaram as gravações, começou a jogar com o Pedro este fantástico jogo. Como não conhecíamos este Frenetic ficámos um pouco para ver se realmente era tão bom como, à primeira vista, parecia. Foi amor à primeira vista. Os meus caros amigos não passaram do segundo nível mas, para uma primeira impressão, o que tínhamos visto bastava. Viemos embora e, embora tivessemos ido com o propósito de gravar outros jogos, acabámos por vir todo o caminho a falar nesse tal "Frenetic".
Nessa mesma semana acabarias por ir lá gravá-lo e logo te lembraste de mim e passaste por minha casa para que eu pudesse gravá-lo também. Era um jogo que tinha 2 disquetes mas logo descobrimos que a primeira era apenas necessária para vermos a apresentação pelo que foi com imenso agrado que verificamos que, para jogar, apenas era necessária a segunda disquete. É que o dinheiro não abundava e todas as disquetes que se conseguissem poupar eram uma grande ajuda... Eheheh!
Lembro-me que o jogo era composto por 8 fantásticos níveis de crescente dificuldade. E chamar "dificuldade" aos desafios que tínhamos de enfrentar é estar aqui a ser extremamente simpático. Ainda me lembro de, na altura, no Liceu, o Pedro nos ter dito que só falássemos para ele quando conseguíssemos acabar o Frenetic. Era uma espécie de "certificado" de bom jogador. Pois bem. Tarefa cumprida. Primeiro tu, em tua casa, com muito esforço. Depois eu, sozinho, no sótão de minha casa. Apenas o voltaria a acabar por mais uma vez pois era um jogo bastante difícil. Bastava perder uma vida e lá se iam todas as armas e power-ups que tanto nos custavam a ganhar. Lembro-me dos gráficos bonitos, daquela relva verde do primeiro nível; lembro-me do 2.º nível ser do género do 7.º embora este fosse muito mais difícil, como é óbvio; lembro-me do 3.º, 5.º e 8.º níveis também serem semelhantes. E lembro-me que no 4.º nível sobrevoávamos uma espécie de nave gigante em alto mar; falta ainda o 6.º nível que tinha muitas "pedras" espalhadas pelo espaço o que dificultava bastante quando precisávamos escapar a certos tiros...
E falta ainda falar nos bosses que estavam muito bem conseguidos embora alguns deles fossem bem difíceis de vencer. Recordo com particular agrado o do 4.º nível que, embora fosse o menos espectacular, era o mais fácil de derrotar o que fazia que o olhasse com alguma predilecção... Eheheh!
Lembro-me perfeitamente de estar uma tarde a jogar, numa daquelas vezes em que tudo nos sai bem e, em pleno 7.º nível tenho uma daquelas mortes mesmo "estúpidas" e lá se vão as minhas armas todas... Claro que não consegui terminá-lo nesse dia quando tudo apontava para isso... Lembro-me de gritar: %$#%&, #$%$%&%&, "Sou mesmo burro", etc, etc, etc... O meu irmão estava lá em baixo na cozinha, com o Paulo das Silveiras... Quando lá cheguei o Paulo sorriu, olhou-me e disse a célebre frase: "És mesmo burro? E é que ninguém te contraria"... Eheheh! Apesar de estar fulo pelo que tinha acontecido, soltei uma gargalhada mesmo daquelas cá de dentro....
Entretanto, as férias estão aí à porta e podem crer que vou voltar a pegar neste Frenetic e vou tentar acabá-lo mais uma vez. Costuma-se dizer que não há duas sem três. Será?
Um abraço retromaníaco e continuação de bons jogos.

Miguel

P.S. Digam-me que um dia vou voltar a viver isto tudo outra vez. Please...