Defender of the Crown

Quando os meus pais me compraram o Commodore Amiga, corria o ano de 1990, eu estava já rendido ao mundo dos videojogos depois de dezenas de jogos e aventuras na companhia do meu ZX Spectrum. Nessa primeira máquina joguei autênticos clássicos. De resto, ia-me mantendo informado sobre todas as novidades através da secção Micromania da JND do Jornal de Notícias que em algumas semanas falava um pouco dos computadores de 16 bits. Por mais que dissessem que a diferença era abismal, como as imagens no jornal não eram muito nítidas, nunca se aproximavam da realidade.
Até que naquele dia em que os meus pais me levaram com eles para comprarem o Amiga tudo mudou. O senhor da loja, para demonstrar do que a máquina seria capaz, colocou o “Defender of the Crown” a rolar. Confesso, não sou um amante de jogos de estratégia. Nunca o fui e creio que nunca serei. Mas ao ver aquelas imagens naquele dia, tão diferentes do que estava acostumado no Spectrum, fiquei completamente rendido. De tal forma que quis trazer também esse jogo. Mesmo não gostando de jogos de estratégia. É certo que o amigo Pedro me tinha já mostrado um pouco do que o Amiga era capaz de fazer, numa tarde passada em sua casa tendo Battle Squadron e Dragon Ninja por companhia. Mas isto era o completo tirar de dúvidas.
Quanto ao jogo em si, não o joguei por muito tempo. Lá está, não gosto de estratégia. Mas reconheço a imensa qualidade. De tal forma que creio que irei voltar lá um destes dias agora que tenho uma MIST com todo o catálogo whdload instalado num cartão. Sou um sortudo, não sou?
Fica apenas a mágoa destes “regressos”, destas incursões modernas, serem solitárias. Um caminho que antes era sempre feito pelo menos a dois, agora, à semelhança do que a vida me foi reservando, é feito de forma solitária. Restam as boas memórias que, em boa verdade, este blogue ajuda a reavivar e a manter.

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