Pang

O meu primeiro contacto com o Pang foi através da extinta secção "Micromania" da JND de domingo do Jornal de Notícias. Fiquei de água na boca com a análise lá feita, nesse caso, para o ZX Spectrum. Não havia internet pelo que eram essas pequenas coisas que iam alimentando os nossos sonhos.
Felizmente, haveria de ter em casa uma versão para o Commodore Amiga.
Um jogo original mas de conceito mais ou menos simples. No fundo, tínhamos de disparar sobre algumas bolas que nos iam aparecendo no ecrã até que elas desaparecessem por completo. Dito assim até parece realmente bastante simples. O que é certo é que rapidamente tudo começava a ficar caótico numa viagem pelo mundo ao longo de 50 níveis diferentes.
Lembro-me que a partir dos níveis da Rússia eu começava a baquear. Aquela neve fazia-nos deslizar de tal forma que era quase impossível não perder algumas das preciosas vidas. No entanto, o botão direito do rato, enquanto o jogo carregava, permitia-nos desbloquear as vidas infinitas e foi assim, creio eu, que consegui chegar ao fim do jogo.
Sem dúvida um dos jogos mais brilhantes do Commodore Amiga.
Comprei há já algum tempo, em formato digital, um PANG moderno para a PS4. Também é bom, é verdade, mas não é a mesma coisa. O Commodore Amiga tem aquele não sei bem o quê que tudo o resto não tem. Falta-lhe apenas trazer a eternidade a esses momentos passados em ótima companhia. Talvez por isso, ainda que de forma ingénua, faça a minha vida muito mais voltado para trás do que para a frente. Um dia, acredito, há-de chegar a recompensa.
Resumindo: grande jogo, muitas saudades.

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